A estratégia de colocar pilhas e baterias no freezer de casa não é novidade, e muitas pessoas divulgam na internet que é possível "ressuscitar" uma bateria de notebook resfriando-a. Mesmo que ela esteja morta --e você pense: "não custa tentar" - não realize esse processo. Entre outras coisas, as condições de umidade dentro da geladeira podem danificar ainda mais a bateria, ainda que ela esteja aparentemente bem protegida.
Ao que tudo indica, os fabricantes de baterias não participam de uma conspiração Illuminati para dominar o mundo dizendo que a bateria tem vida útil e deve obedecer certos critérios de conservação. A tecnologia ainda não descobriu como produzir fonte de energia infinita e colocá-la em smartphones, tablets e notebooks.
Antes de tentar fazer gambiarras para recuperar ou dar mais potência à bateria, procure usá-la com bom senso, fazer pequenos ajustes e, quando chegar a hora, comprar uma nova.
"Existem várias coisas que podemos fazer para melhorar o desempenho da bateria", contou Alexandre Anacleto, docente de tecnologia da informação no Senac Vila Prudente. "A primeira coisa é reduzir o brilho do monitor. Quanto mais brilhante, maior o desperdício".
Na lista dos principais vilões, além do monitor, "aparecem itens como dispositivos USB conectados, mas sem uso, e má configuração de software, além da execução de muitos programas simultaneamente", disse.
A impressora ou um celular conectado por cabo podem estar entre os dispositivos USB conectados que estejam sugando a bateria se ambos não estiverem sendo necessários no momento. Quando precisar economizar energia, poupe o consumo de todos os periféricos.
Anacleto também lembra a possibilidade de desligar Wi-Fi e Bluetooth quando não estiverem em uso.
É possível ainda mudar a configuração de certos softwares, no Windows o usuário consegue mudar a forma como a energia é gerenciada no notebook na área "Opções de Energia", no Painel de Controle do sistema. Lá você pode alterar, por exemplo, em quanto tempo a tela ou o computador se desligam sozinhos ao ficarem inativos.
O Windows mostra seu nível de bateria na barra de tarefas. Veja o indicador de nível de bateria e verifique quais recursos de economia de energia estão ativos. Quem é desatento com essas questões pode encontrar ajuda em programas como o BatteryCare ou similares, que monitoram os ciclos de descarga, dão informações detalhadas e monitoram a temperatura interna de seu dispositivo.
Para a recarga, não pegue emprestado o primeiro carregador que aparecer na sua frente. Tenha em mente a quantidade de ampères (unidade de corrente elétrica) necessária para o bom funcionamento. Além disso, zerar a energia do notebook é uma prática ruim. "Não espere a bateria descarregar completamente para conectar a tomada", disse o professor. "O ideal é iniciar a recarga quando a capacidade da bateria estiver entre 20% e 30%".
Se a bateria não dura mais de 30 minutos e o dispositivo desliga sozinho, talvez seja o momento de trocar. É importante sempre buscar componentes originais, pois eles garantem o funcionamento correto do notebook.
Baterias com mais de dois anos de uso costumam demonstrar sinais de desgaste. As baterias não removíveis, inacessíveis ao usuário, devem ser trocadas por um especialista.
Processador, RAM e HD são sempre as vedetes dos produtos. Na hora de comprar um notebook, no entanto, procure se informar sobre a bateria e escolha a mais adequada. Se ela não sustentar o funcionamento de hardware, você corre o risco de ter um novo desktop, ou seja, um notebook sempre dependente da uma fonte de energia fixa.
"É aconselhável adquirir um modelo de um fabricante que oferece baterias vendidas separadamente, podendo assim ter uma de reserva", recomendou Anacleto. "Vale também considerar a compra de modelos com bateria de pelo menos seis células. Na prática, quanto mais células, mais o seu portátil permanecerá ligado longe da tomada".
Fonte: Uol
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